terça-feira, 18 de março de 2014

Homeopatia e a Criança com Trissomia 21 (Síndroma de Down)







21 de Março de 2014
 Homeopatia e a Criança com Trissomia 21
(Síndroma de Down)

Quando a mulher engravida, uma das preocupações dos futuros pais é a saúde do seu bebé.
Durante os cerca de 9 meses de gestação criam-se muitas expectativas acerca do novo ser que vai chegar.
Como será? Será louro, moreno e os olhos, qual será a cor? Será rapaz ou rapariga? Parecido com o pai ou com a mãe?...., são inúmeras as interrogações, dúvidas e preocupações. Será que vai correr tudo bem?
Apesar dos exames clínicos que existem para despiste de qualquer má formação do bebé, a maior preocupação dos pais quando o bebé nasce é perceber se o seu filho é realmente “perfeitinho”.
Infelizmente, nem sempre as coisas correm como seria normal e nasce uma criança diferente, especial, que como todas as crianças deve ser muito amada e cuidada por todos.
Depois do choque inicial, são muitos os sentimentos e os medos que a mãe e o pai experimentam, mas há que seguir em frente e proporcionar o melhor possível ao seu bebé.
Estas crianças “especiais”, “diferentes mas iguais”, que na sua maioria nascem com fragilidades físicas e mentais, são muito beneficiadas quando se associa o tratamento homeopático a terapias direccionadas para o desenvolvimento e comportamento da criança.
Exceptuando as intervenções cirúrgicas, que podem ser necessários para tratar problemas estruturais como os cardíacos ou gastrointestinais, a homeopatia ajuda com bastante sucesso nas outras patologias, tal como ajuda a qualquer outra criança. Problemas respiratórios, ouvidos, eczemas, alergias e até de comportamento, podem ser tratados com sucesso pela homeopatia.
Estas crianças, apesar das suas diferenças, são crianças como as outras e também elas e sobretudo elas, que muitas vezes têm um sistema imunitário muito frágil, podem beneficiar muito com a Homeopatia.


O que é a Trissomia 21 ou Síndroma de Down

O organismo humano é formado por células, por sua vez, cada célula é formada por 23 pares de cromossomas ou sejam 46 cromossomas. Os cromossomas são pedaços do DNA (ácido desoxirribonucléico), que contêm a informação genética de cada pessoa.
Quando acontece a fecundação, a célula que vai originar o novo ser, normalmente, é formada por 46 cromossomas, 23 que pertencem à mãe e os outros 23 ao pai, as características dos pais (da família) são transmitidas aos filhos através desta nova célula, é o fenótipo do novo ser.
O Síndroma de Down ou Trissomia 21 é caracterizado por uma anomalia nos cromossomas, há um erro de formação em todas as células do organismo, que em vez de terem os 46 cromossomas habituais, têm mais um, 47 cromossomas. Isto quer dizer que a um dos pares de cromossomas se juntou mais um, é este cromossoma a mais que altera o desenvolvimento “normal” do corpo e do cérebro da criança.
Na Trissomia 21, esta anomalia acontece no par 21 que em vez de 2 tem 3 cromossomas, daí a denominação, mas também é conhecida por mongolismo ou Síndroma de Down.
A Trissomia 21 resulta de uma alteração congénita, que acontece durante a divisão das células do óvulo ou do espermatozóide, ou durante a fecundação, devido a uma mutação que faz com que apareçam, não dois, mas sim três cromossomas 21 (no par 21). Esta alteração dos cromossomas da cadeia de DNA da
célula, é responsável por um atraso no desenvolvimento físico e intelectual do ser humano que se manifesta com vários graus de profundidade.
Pode acontecer em qualquer família, a qualquer casal, em pais de qualquer idade, raça ou estrato social e pode acontecer tanto no primeiro filho, como em qualquer outro.
Não tem nada a ver com o que se possa ter feito antes ou durante a gravidez, nem há nenhuma maneira de se prevenir o Síndroma de Down. Acontece aleatoriamente, embora alguns grupos de estudo tenham identificado "grupos de risco", nos quais a probabilidade de gerar uma criança com T21 é mais elevada.
O grupo mais apontado é o das mulheres com mais de 35 anos, mas, no entanto, verifica-se que cerca de 80% das crianças nascidas com Trissomia 21, foram geradas por mães com menos de 35 anos.
Actualmente, alguns investigadores são de opinião que um pai mais velho, também aumenta o risco de Trissomia, o que é compreensível pois se esta alteração acontece durante a divisão das células do óvulo ou do espermatozóide, ou durante a fecundação, a mutação tanto pode ter origem na célula feminina como na masculina.
A Trissomia 21 é uma das anomalias dos cromossomas, mais comuns, em nascidos vivos.

Trissomia 21 Tem Cura?

A Trissomia 21 não tem cura. Quando se nasce com uma trissomia é para toda a vida.
É uma alteração genética das células que não pode ser modificada, mas apesar disso, muitos dos problemas de saúde e de desenvolvimento que estão associados à trissomia, podem ser tratados pela Homeopatia, com grandes vantagens para a criança. Se ajuda as crianças ditas "normais" é óbvio que também ajuda quem tem necessidades especiais a melhorar a qualidade de vida.
Muitas terapias e profissionais podem ajudar a criança com síndroma de Down, mesmo os bebés recém-nascidos, normalmente respondem muito bem à estimulação precoce, aos exercícios para ajudar a controlar os músculos, a controlar a motricidade e às actividades que promovem o desenvolvimento mental. Quanto mais cedo a criança começar a estimulação, melhores serão os resultados, é essencial que desde que nascem, sejam estimuladas a despertarem para a vida. Desde o dia em que nasce que a criança está a aprender, a descobrir o mundo, isto acontece com todos os seres, independentemente das suas deficiências físicas ou mentais, as crianças portadoras de Trissomia 21 não são excepção.
A escola, que promove o desenvolvimento intelectual (mental) e físico, o convívio social com outras crianças e a integração na comunidade, são de extrema importância para que estas crianças cheguem a um nível que lhes permita serem autónomas e independentes no seu dia a dia.
Tudo isto é muito importante, sem dúvida mas, o melhor que lhes podemos dar, é o amor, o carinho e o respeito a que têm direito. Têm direito a serem FELIZES.

Características dos Portadores de Trissomia 21 (Síndroma de Down)
As pessoas com Síndroma de Down têm caracteristícas físicas específicas do Síndroma, mas geralmente, têm mais semelhanças do que diferenças com a população em geral.
Quando nasce um bebé com Trissomia 21, o primeiro diagnóstico é feito pelas caracteristícas físicas, o que não quer dizer que todas as características definidas como características de Síndroma de Down, estejam presentes na totalidade em todas as crianças, algumas podem ter apenas uma ou duas, enquanto outras podem mostrar a maioria dos sinais que caracterizam o Síndroma.
Em geral têm uma estatura mais pequena e desenvolvimento físico e mental mais lento que as pessoas sem o Síndroma. A capacidade mental e desenvolvimento são diferentes e varia de criança para criança.
O desenvolvimento motor é mais lento, começam a andar mais tarde.
A linguagem, também se desenvolve mais tarde e muitas crianças têm problemas de dicção.

Características Físicas das Crianças com Trissomia 21

As crianças com Trissomia 21 têm uma fisionomia e uma estatura característica que as identifica.

Características Físicas:
● A parte de trás da cabeça é achatada.
● A nuca tem excesso de pele.
● As orelhas e o nariz são pequenos.
A boca é pequena mas a língua pode ser grande e grossa.
● A ponte nasal é achatada.
As fendas das pálpebras são inclinadas e no canto interno dos olhos, há umas pequenas dobras de pele.
● Têm mãos e pés pequenos e verifica-se, com frequência, a existência de espaço entre o primeiro e o segundo dedos do pé e cerca de 50% das crianças com Síndroma de Down têm uma linha que cruza a palma das mãos (linha simiesca).
  A tonicidade muscular é inferior ao normal.
● Têm uma grande elasticidade por terem os ligamentos soltos.

Estas são as principais características físicas que nos saltam de imediato à vista mas e bastante mais graves, são as más formações congénitas a nível de órgãos e sistemas que frequentemente têm.

Más formações congénitas principais:
● Cardíacas, principalmente do canal atrioventricular, que precisam de intervenção cirúrgica.
● Más formações do aparelho gastrointestinal, como estenose do duodeno, falta de perfuração anal e doença de Hirschsprung, com necessidade de intervenção cirúrgica.
● Tendência ao aparecimento de certos tipos de leucemia (maior 10 a 20 vezes que nas outras pessoas, em especial a leucemia megacariocitica aguda que acontece com muito maior incidência).
● Problemas auditivos, como perda auditiva.
● Tendência ao desenvolvimento de características neuropatológicas da doença de Alzheimer em idade mais precoce do que nas pessoas sem trissomia.
● Problemas de comportamento.
● Problemas de visão, como o aparecimento de cataratas, estrabismo, miopia entre outros.
● Tendência a obesidade principalmente na adolescência. É essencial ter alguns cuidados com a alimentação.
● Problemas hormonais como o hipotiroidismo que pode interferir com o funcionamento do sistema nervoso central.
● Problemas ortopédicos como a sub-luxação da rótula ou a instabilidade atlanto-axial.
● Problemas de saúde e resistência à doença relacionados com a debilidade do sistema imunitário.
● Problemas de pele como o aparecimento de eczemas, pele muito seca.
● Convulsões e apneia do sono.
● Problemas com o sistema respiratório como a tendência a desenvolver alergias e doenças pulmonares.
● Problemas de dentição, em geral os dentes são pequenos e irregulares e por vezes também se verificam problemas com os maxilares.

Como pode a Homeopatia ajudar as crianças com Trissomia 21?

A Homeopatia pode ajudar as crianças com Trissomia 21 da mesma maneira que ajuda qualquer outra criança.
Tal como acontece com as pessoas ditas “normais”, também não há duas pessoas com Trissomia 21 iguais. Cada pessoa tem a sua individualidade com características mentais, emocionais e físicas próprias.
Em Homeopatia tratamos pessoas e não doenças, por isso quando em consulta aparece uma criança com Síndroma de Down, a abordagem é feita como é habitual fazer-se para qualquer outra criança.
Tentar perceber a criança, como ela sente as coisas, como se sente no ambiente familiar, como é a sua interacção com a comunidade, com a escola, como lida com a “diferença” em relação aos outros colegas da mesma idade, que à medida que vai crescendo se apercebe que existe.
Além dos sintomas mentais, também os sintomas físicos precisam de grande atenção na análise do homeopata.
São crianças com uma saúde mais debilitada, por vezes com fragilidades em órgãos e sistemas vitais.
São crianças sensíveis e como todas as crianças, também elas crescem e passam pelas mesmas fases de crescimento porque passam todas as crianças, desde que nascem até à idade adulta.
É verdade que os problemas podem ser mais complicados e não tão fáceis de resolver, mas o que é certo, é que também as crianças com Trissomia 21 crescem e sentem de maneira diferente ao longo da vida. Ao seu ritmo e à sua medida elas crescem fisicamente e evoluem mental e emocionalmente.
O corpo muda, as alterações físicas são visíveis, mas não muda só por fora, interiormente também as funções de alguns órgãos e sistemas alteram e evoluem, as alterações hormonais são inevitáveis e algumas vezes desequilibradas.
Na adolescência destes jovens, os problemas de comportamento, de necessidade de afirmação, de auto-estima entre outros, são frequentes, tal e qual como se passa com grande parte dos adolescentes.
A Homeopatia tem ajudado muitos jovens e crianças nesta fase da vida, quer sejam as ditas crianças “normais” ou as que têm “necessidades especiais” como as portadoras de Trissomia 21.
A Homeopatia não faz “milagres”, mas sabendo que o medicamento homeopático actua promovendo o equilíbrio global do ser humano “mental, emocional e físico”, também os portadores de Trissomia 21, tendo em consideração as características individuais de cada um e as suas capacidades e limitações, podem ser muito ajudados pela Homeopatia, no seu equilíbrio mental e emocional.
A Homeopatia, como é óbvio, não pode resolver as deficiências estruturais que necessitam de correcção cirúrgica, nem corrigir a anomalia que existe nos cromossomas de cada célula, mas pode ajudar e muito, noutros aspectos, como evitar as constantes tomas de antibióticos, anti-inflamatórios, corticóides e anti-estamínicos que ao invés de fortalecerem ainda debilitam mais o sistema imunitário da criança, diminuindo significativamente as defesas do organismo que fica cada vez mais vulnerável à doença.
Além dos problemas de comportamento, os desequilíbrios hormonais, respiratórios, gástricos, de pele, garganta, ouvidos, entre outros, são resolvidos com muito sucesso com o tratamento homeopático.
Tanto as crianças como os adultos com Trissomia 21, encontram na Homeopatia uma preciosa ajuda não só no seu desenvolvimento mental e equilíbrio emocional, como também na melhoria da sua saúde para que possam ter uma vida regular o mais normal possível, integrando-se saudavelmente e com autonomia na vida familiar e na comunidade.

Manuela Morgado - Homeopata
NASCER DIFERENTE - http://autismo-down-manuela-morgado.blogspot.pt/

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