Homeopatia - Autismo

O que é o Autismo - Transtorno ou Distúrbio do Espectro Autista

O Autismo, também chamado Transtorno ou Distúrbio do Espectro Autista, é um distúrbio no desenvolvimento, que resulta de uma disfunção neurológica que afecta o funcionamento normal do cérebro, caracterizada por dificuldade na interacção social, comunicação, concentração, por comportamento compulsivo e repetitivo (ritualista) em que a criança, geralmente, não desenvolve uma inteligência normal
A incidência deste distúrbio é duas a quatro vezes maior, em crianças do sexo masculino do que nas do sexo feminino e manifesta-se durante os primeiros anos de vida, geralmente até aos 3 anos.
É uma patologia diferente do atraso mental ou da lesão cerebral, uma criança autista não tem que ter forçosamente um atraso mental ou sofrer de alguma lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo, também possam ser afectadas por essas ou outras deficiências.
Todas as crianças com, pré-disposição genética, quando expostas a choques violentos, quer provenham de agressões físicas, como as causadas por intoxicação orgânica e intolerância (por vacinas, ambientais, alimentares ou outros factores), como emocionais (choque emocional ou viver num meio disfuncional que afecta a criança), quer sejam “normais” ou portadoras de “deficiência”, podem desenvolver Transtorno ou Distúrbio do Espectro Autista.
 O autismo varia muito em termos de gravidade e afecta as pessoas de diferente maneira, é por isso que se diz que se manifesta em espectro. Os casos mais graves caracterizam-se por total ausência de discurso para a vida, por um discurso muito repetitivo e descontextualizado incomum, com tendência a comportamentos autodestrutivos e agressivos. No entanto, as formas mais subtis de autismo (síndrome de Asperger, autismo de alta funcionalidade) podem ser quase imperceptíveis e frequentemente confundidas com timidez, falta de atenção e excentricidade.

 

Causas do Autismo

As causas do autismo, Distúrbio ou Transtorno do Espectro Autista, não são totalmente conhecidas, o que se sabe é que o autismo não tem uma causa única.
A predisposição genética, os factores ambientais, factores pré e péri-natais, são factores cuja interacção pode ser determinante para a manifestação de comportamentos do espectro autista. O autismo é o resultado da interacção de algum factor ambiental com uma susceptibilidade genética.
A investigação das doenças genéticas associadas ao autismo, como X Frágil, esclerose tuberosa, fenilcetonúria, neurofibromatose e anomalias cromossómicas, mostrou a existência de um factor genético multifactorial e de causas orgânicas diversas relacionadas com a sua origem, que reflectem a diversidade das pessoas com autismo.
Não há transmissão genética, hereditária do autismo ainda não se identificaram genes específicos que possam ser responsáveis pela sua transmissão, no entanto, parece existir predisposição genética de alguns genes (observaram-se em alguns cromossomas segmentos irregulares do código genético), só assim se explica o aparecimento frequente de casos de autismo em irmãos, filhos de um mesmo casal.
A genética, é uma área onde ainda há muitas dúvidas, mas sabe-se que 3 a 5% dos autistas são portadores de anomalias cromossómicas e que o autismo não é causado pela anomalia de um só gene principal mas por uma combinação de vários genes. Não se pode relacionar o autismo com um só cromossoma, mas há um número relativamente grande de genes relacionados com a susceptibilidade para o autismo, como são os que regulam o sistema imunitário, as mutações nesses genes podem deixar a criança mais susceptível e podem levar ao aparecimento de sintomas específicos da patologia.
O autismo mais parece ser um desequilíbrio metabólico que afecta o sistema imunitário, provocando mesmo algumas reacções auto-imunes, sensibilidade com intolerância a alguns alimentos e o desenvolvimento de parasitas gastrointestinais (fungos e bactérias) que podem afectar o metabolismo da criança, mais precisamente o metabolismo das proteínas.
A maioria dos casos de autismo não tem nenhuma causa óbvia, mas há factores pré e péri-natais que se associam com a patologia. A rubéola contraída pela mãe durante a gravidez, o hipertiroidismo ou a exposição a determinadas substâncias tóxicas na gravidez, depois, o nascimento prematuro, baixo peso ao nascer, infecções neo-natais graves e traumatismo ocorrido durante o parto, podem ser factores decisivos para o desencadear de perturbações do espectro do autismo.
O factor ambiental mais importante tem a ver com os poluentes químicos, em particular o Mercúrio, responsável por muitos dos distúrbios neurológicos, mas são muitos os produtos químicos artificiais que existem no mercado e que podem prejudicar o normal desenvolvimento do cérebro das crianças.
O cérebro inicia o seu desenvolvimento no útero da mãe e continua depois do nascimento, ao longo da puberdade e adolescência. O cérebro em desenvolvimento é um órgão particularmente sensível, tal como o sistema nervoso, o seu desenvolvimento processa-se durante um longo período de tempo, pelo que as exposições a substâncias tóxicas durante essa fase são responsáveis por parte dos problemas neurológicos. Verifica-se uma grande incidência de epilepsia na população autista, está entre 26 e 47%, enquanto na população em geral a incidência é de cerca de 0,5%.
Cada vez nascem mais crianças com transtornos causados pela exposição pré-natal a compostos de mercúrio e outras substâncias que penetram no organismo, na forma de vacinas que contêm mercúrio como conservante, amálgamas dentários que são feitas à base de mercúrio e chumbo, medicamentos químicos com efeitos secundários muito intensos, o flúor na água potável e por alimentos que contenham substâncias tóxicas, como o glutamato monossódico, o aspartame, pesticidas, hormonas e conservantes, que afectam o sistema nervoso.
“Em todo o mundo, o autismo manifesta-se de forma independente da raça, cultura, educação ou classe social dos indivíduos.”


Sintomas e Características da Criança com Transtorno ou Distúrbio do Espectro Autista (Mentais, Emocionais e Físicos)

Quando o bebé nasce tudo parece normal, mas com o passar dos dias e logo nos primeiros meses de vida da criança, os pais podem começar a sentir que alguma coisa não está bem. Podem notar que a criança, que antes parecia normal em todos os sentidos, está a agir de maneira estranha, recusa o contacto visual, a apontar para os brinquedos ou a falar, não reage ao carinho….. o bebé está diferente ou é diferente dos outros filhos ou dos filhos dos amigos.
Mesmo que alguns os sinais sejam notados ainda antes dos dois anos, a maioria das crianças não é diagnosticada com autismo até os quatro ou cinco anos de idade. A razão é porque parte dos sintomas de autismo podem parecer de outras patologias o que pode confundir o diagnóstico.
O autismo não se manifesta em todas as crianças da mesma maneira, afecta as pessoas de maneira diferente é por isso que os diversos modos de manifestação do autismo são designados na sua globalidade de espectro autista. Quer dizer que são sintomas característicos do autismo mas nem todos os autistas têm todas as manifestações, nem os sintomas são iguais em todos os indivíduos, podem variar ao longo da vida com a idade, quer no tipo de sintomas como na intensidade com que se manifestam.
A aparência da grande maioria das crianças autistas é perfeitamente normal, a grande diferença está no comportamento. São crianças com comportamentos enigmáticos e até perturbadores, que as diferenciam das outras crianças. Apresentam alguns padrões bio-comportamentais característicos, além de déficite cognitivo múltiplo.
A criança autista foi descrita como “vivendo num mundo próprio”, muito seu no qual dificilmente deixa que alguém entre.
É uma criança que tem dificuldade na percepção e expressão de sentimentos, em geral não estabelece relações pessoais íntimas (nem mesmo com os pais), pode não querer beijos ou abraços ou pode gostar de aconchegar-se carinhosamente. Não responde às carícias dos pais nem com um sorriso ou com qualquer gesto carinhoso.
Tem dificuldade em estar com outras pessoas, em interagir com os colegas e adultos, prefere estar só, tem uma conduta reservada. Aparenta solidão e angústia sem nenhuma razão aparente.
Evita, ou não estabelece o contacto verbal, não responde às ordens verbais, age como se fosse surda. Evita, ou não estabelece o contacto ocular que é pouco frequente ou mesmo inexistente, ela pode olhar para o espaço durante horas a fio……..
A criança autista não gosta de mudanças, gosta de manter o seu ambiente inalterado, é excessivamente ligada a determinados objectos que lhe são familiares, com os quais anda sempre que pode. A característica deste tipo de comportamento é a existência de algumas actividades ritualizadas como actos e jogos repetitivos e estereotipados (por exemplo: fazer girar os objectos, balançar o corpo, rodar uma caneta, ou alinhar objectos de maneira estereotipada). Tudo o que seja diferente do que está habituada é rejeitado. É grande a resistência em mudar a rotina, está habituada a fazer sempre as mesmas coisas, da mesma maneira e reage mal quando alguém lhe altera as rotinas, porque deixa de as saber fazer.
Não tolera o stress, nem emocional nem ambiental, por vezes tem acessos de raiva com muita aflição e sem razão aparente, mostra excessiva ansiedade e impulsividade.
A hiperactividade ou ao contrário a inactividade (hiper ou hipo actividade) são também comportamentos comuns da criança autista, assim como os risos e sorrisos inapropriados que aparecem do nada, sem razão de ser e em alturas menos próprias.
A criança autista, em geral, não tem noção nem teme o perigo, mostra uma aparente insensibilidade à dor e tem dificuldade em expressar as suas necessidades, por isso emprega gestos ou sinais para se referir aos objectos em vez de usar palavras.
Algumas crianças, apesar de apresentarem transtornos do espectro autista, são inteligentes e falam normalmente enquanto outras têm sério atraso no desenvolvimento cognitivo, todas as crianças autistas têm um desempenho intelectual diferente e verifica-se que grande parte das crianças com autismo, têm algum atraso mental.
O atraso e as alterações na aquisição e uso da fala e da linguagem são frequentes, a criança tem dificuldade em entender o que lhe foi dito e tende em usar a linguagem para comunicar com peculiares alterações, como a ecolália (repetição de palavras ou frases) e a propensão para inverter o uso normal de pronomes, principalmente dos pronomes pessoais (usa o tu em vez de eu ou mim quando se refere a si própria).
É por isso que algumas crianças podem desenvolver a fala e falarem muito, enquanto outras podem falar pouco ou não falar mesmo, é normal a criança autista começar a falar mais tarde que outras crianças da mesma idade.
Em muitas crianças autistas há uma apetência maior para certas actividades, especialmente as de memória mecânica (habilidades motoras e espaciais) do que para as verbais. No entanto, formas mais leves de autismo como síndroma de Asperger, chamado de autismo funcional, pode ser quase imperceptível e muitas vezes confundido com timidez, falta de atenção e excentricidade.
As crianças com síndroma de Asperger (patologia do espectro autista) têm uma aparência física e inteligência normais e um bom desenvolvimento cognitivo, falam normalmente, mas têm muitos problemas sociais e comportamentais "autistas", que interferem na sua vida diária com a comunidade.




Homeopatia no Tratamento dos Distúrbios de Espectro Autista


Muitas vezes desconsiderada pela chamada “medicina convencional” (alopatia), a homeopatia tem resultados fantásticos no tratamento de problemas das ditas crianças “especiais”, para os quais a alopatia não consegue dar resposta.
É vasta a lista de patologias e sintomas em que a única resposta possível da alopatia, é a supressão de sintomas e não a melhoria ou mesmo a cura dos mesmos, os transtornos do espectro do autismo estão entre eles.
São notórias as mudanças excepcionais que se verificam nas crianças com transtorno de espectro autista, quando submetidas a um tratamento homeopático.
Não são só as mudanças na área da sociabilização e comunicação (comunicação verbal e ocular), da aprendizagem da concentração e nos comportamentos típicos da criança autista que são marcantes, mas também na resolução de muitos problemas de saúde agudos e crónicos que são resolvidos com bastante sucesso pela homeopatia.
Com uma abordagem holistíca, a Homeopatia trata a pessoa no seu todo, na sua globalidade, isto quer dizer que para o homeopata todos os sintomas mentais, emocionais e físicos que se manifestem num indivíduo, são fundamentais para a escolha do medicamento mais adequado a cada pessoa, para a mais correcta prescrição do remédio, assim TODOS os sintomas que uma criança apresenta devem ser atentamente analisados e, está claro, transmitidos ao homeopata.
O tratamento homeopático é sempre individual, “cada caso é um caso”, é assim que o homeopata o vai analisar e tratar. A homeopatia trata as pessoas com todos os seus sintomas e não a doença A, B ou C, é por isso que em Homeopatia não existem medicamentos únicos para tratar o autismo, todos os meninos autistas também são diferentes, sentem e reagem de maneira muito própria, única.
TODOS SOMOS DIFERENTES, MAS IGUAIS, o mesmo acontece com estes meninos.



As crianças com transtorno de espectro autista são, em geral, crianças hiper-sensíveis que desenvolvem sensibilidade e intolerância a drogas (medicamentos químicos), alimentos e mesmo a outras substâncias.
São frequentes os efeitos colaterais causados pelas vacinas e pelos medicamentos químicos, em geral, com os medicamentos homeopáticos isso não acontece.
Os medicamentos homeopáticos são preparados com uma dose infinitesimal de uma substância que pode ser do reino animal, mineral ou vegetal que é submetida a processos de altas diluições e dinamizações sucessivas, pelo que reacções alérgicas, sensibilidades ou mesmo efeitos secundários são raros, é por isso que é particularmente indicado para as crianças e idosos, que reagem muito bem a esta terapia.
O medicamento homeopático toma-se na dose mínima e actua pela estimulação dos mecanismos de defesa do organismo (sistema imunitário) para combater a doença, actua no organismo promovendo o seu reequilíbrio como um todo, para que todos os órgãos e funções funcionem em harmonia.
A Homeopatia é uma das mais suaves formas de Medicina conhecidas, oferece um meio de cura suave, fácil e permanente, é um método terapêutico totalmente inofensivo.
Algumas crianças, em situações pontuais podem reagir com adversidade a algum medicamento homeopático, mas essa reacção pode ser rapidamente minimizada e eliminada alterando a posologia, ou seja, a potência ou a frequência da toma do medicamento.
Outra das vantagens é que as gotinhas ou os grânulos homeopáticos são agradáveis ao gosto, por isso ingeridas com agrado pela criança o que faz com que, para muitas crianças, a toma do medicamento nunca seja esquecida.
Apesar de os remédios homeopáticos não apresentarem contra-indicações e os resultados serem muito bons, é aconselhável que a prescrição seja feita por um profissional que conheça os medicamentos, a doença e que saiba utilizá-los na potência e frequência certas.
Também em Homeopatia a auto-medicação é desaconselhada.


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